Primeira sessão de Câmara após a eleição tem choro, desabafo e comemoração
- 16/10/2024
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A primeira sessão da Câmara Municipal de Mogi Mirim após as eleições municipais, realizada na noite desta segunda-feira (14), foi marcada por momentos de emoção, reconhecimento e desabafo. Reunindo vereadores eleitos, reeleitos e aqueles que não conseguiram retornar ao legislativo, o encontro refletiu o clima de transição e novas expectativas para a próxima legislatura.
Entre os presentes no plenário, estavam a vice-prefeita eleita Maria Helena Scudeler de Barros e os vereadores eleitos Manoel Palomino (PSD) e Cabo Wagner (PL), acompanhando atentamente os discursos de seus futuros colegas e adversários.
Cabo Wagner
Mané Palomino
O presidente da Câmara, Dirceu Paulino (União Brasil), que não concorreu à reeleição, abriu a sessão destacando a importância de manter a produtividade no legislativo. "Espero que os próximos quatro anos sejam de muita produtividade na Câmara, como foram os que passaram. Esta foi a legislatura que mais aprovou projetos. Sabemos o quanto a cidade precisa melhorar, e essa união entre Executivo e Legislativo vai refletir positivamente", afirmou.
Entre os reeleitos, Mara Choqueta (PDT), que garantiu seu retorno com 1.141 votos, fez questão de parabenizar os colegas pela conduta ética durante o processo eleitoral. "Quero parabenizar a todos que fizeram uma campanha limpa e honrada. Desta vez, tive a oportunidade de ir para as ruas, melhorar as redes sociais e formar grupos de apoiadores que acreditaram no meu trabalho."
Mara Choqueta
No entanto, a sessão foi marcada por discursos de vereadores que não conquistaram a reeleição, alguns com forte carga emocional. Luzia Cortes Nogueira (PDT), esposa do prefeito Paulo Silva e uma das derrotadas, mostrou-se resignada. "Vou torcer para que Mogi Mirim continue a crescer, de forma ordeira e com respeito. Que as coisas tomem um rumo do que é melhor para a cidade", declarou.
Luzia Cortes Nogueira
Tiago Costa (Avante), que obteve 854 votos, lamentou as dificuldades impostas pelo coeficiente eleitoral e as divisões políticas. "A vaidade da direita, pessoas plantadas para dividir, o jogo político foi pesado e a abstenção foi alta", disse, em tom de frustração.
Sônia Módena
Sônia Módena (PP), que perdeu a disputa para a prefeitura por apenas 400 votos, fez um discurso contundente, dizendo que sua candidatura à vereadora não era uma opção, mas uma missão. "A maioria dos votos não são de satisfação, são votos que gritam por mudança. Continuarei nas ruas, ando por Mogi Mirim o ano inteiro e vou continuar fazendo o meu papel."
Outro momento marcante veio de Alexandre Cintra (PSDB), que, visivelmente emocionado, precisou interromper seu discurso várias vezes devido às lágrimas. "Quero parabenizar a todos e agradecer a todos que me apoiaram nestes anos aqui na Câmara", disse ele, em meio às pausas, agradecendo um a um seus apoiadores.
Orivaldo Magalhães
Orivaldo Magalhães (Republicanos), com 12 anos de experiência legislativa, lamentou não ter conseguido a reeleição, mas destacou seu trabalho. "Tenho certeza que em momento algum fui vereador vaquinha de presépio. Não fui reeleito, lutei muito, mas me entreguei de corpo e alma à CPI que é a joia das joias do meu último trabalho nesta Casa."
Geraldo Bertanha (Solidariedade), também fora da próxima legislatura, adotou um tom de conformismo, refletindo sobre o ciclo natural da política. "Quando pedi à minha família para ser candidato a vereador 8 anos atrás, eu disse que acontecesse o que acontecesse, eles não teriam vergonha de mim, porque o pai não é político de profissão, é jornalista", declarou.
A sessão, que misturou choro, desabafo e esperança, refletiu um momento de catarse coletiva, onde vitória e derrota se entrelaçaram, e o futuro de Mogi Mirim começou a ser desenhado.
Fonte: Portal da Cidade Mogi Mirim